
A Petrobras dará especial atenção a estudos em oceanografia, apostando no tripé coleta de dados/simulação numérica/medição via satélite, para obter maior conhecimento quanto ao comportamento das correntezas em áreas da Bacia de Santos e da Margem Equatorial, onde estão as principais fronteiras exploratórias offshore do país. A informação é do gerente de Tecnologia de Engenharia Oceânica da estatal, Mauro Costa.
O executivo destacou que pesquisas nesse sentido já vêm sendo realizadas por meio da Rede de Modelagem e Observação Hidrodinâmica (Remo), uma das Redes Temáticas da Petrobras, que conta com grupo de pesquisadores, técnicos e estudantes associados a universidades, centros de pesquisa e à Marinha do Brasil.
Um dos projetos em curso prevê a criação de uma boia meteo-oceanográfica nacional. Desenvolvido em 2010, o equipamento já foi testado na Bacia de Ilha Grande, em Angra dos Reis (RJ), e será, em breve, avaliado no offshore.
Ao participar do Primeiro Seminário do Comitê de Pesquisas Offshore (Copedi), na terça-feira (13/3), Costa apresentou novos desenvolvimentos tecnológicos que a Petrobras planeja para os próximos anos. Abaixo, segue um resumo das soluções buscadas pela petroleira:
Otimização dos sistemas de ancoragem para que estes possam suportar profundidades acima de 2.200 m. Desenvolvimento e aplicação de materiais com maior resistência, como kevlar, HMPE, PEN, VECTRAN, todos baseados em fibras sintéticas para aperfeiçoar sistema de ancoragem, e linhas com menor diâmetro;
Desenvolvimento de simuladores de operações marítimas, a fim de prever ocomportamento das unidades sob ação dos ventos, ondas e correntezas, inclusive em casos de embarque d’água em condições extremas de mar, e durante operações de alívio nas condições de mar na Bacia de Santos;
Novas estruturas oceânicas: viabilização de sistema de escoamento de óleo por meio de monoboia de águas profundas: alternativa aos aliviadores DP;
Novos projetos de unidades flutuantes de produção;
Geotecnologias aplicadas ao ambiente marinho;
Estocagem de gás natural e CO2 em cavernas em domos salinos;
Risers e flowlines: testes com boias de subsuperfície, a fim de reduzir impacto do movimento da unidade flutuante sobre as linhas rígidas;
Qualificação de linhas flexíveis: diminuir peso e melhorar integridade estrutural;
Equipamentos submarinos: instalação de bombas no fundo do mar;separação submarina; distribuição de energia no subsea.